quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sol de Fernanda...

Feito para a minha grande ídola, quando o assunto é palavras: Fernanda Mello!


O Sol de pôs em seus cabelos
Iluminando esse belo horizonte desenhado por ti...
Você compôs minhas palavras gerais
Nas minas do país inteiro...

Só, se pôs a descrever...
Só depois veio a saber
Que minha alma se materializava
Na tela que você pintou...

As letras são suas curvas
E seus desvios...
São devaneios e epifanias...
Seu agora e sua iminência...

Mesmo com o pincel guardado
E com a taça cheia
Suas palavras deslizam na constelação
Daqueles cujo coração no céu da boca se guarda...


Crônica digital: Encontros e Desencontros... (por Fernanda Mello) 







Espero,
O sorriso na próxima página.
O telefonema no capítulo seguinte.
Você é a inspiração para a minha palavra.

A frase incompleta para história sem fim.
(In-finito - Fernanda Mello)

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Constelação...

Peço perdão a esse manto negro que acolhe a noite,
Pois hoje furtei a constelação mais brilhante do céu
E fiz poesia de suas estrelas...

Hoje todos os astros lamentam – 
Poderia dizer, até comentam,
Pois, no meu olhar, toda luz foi consumida
Para que eu pudesse iluminar o seu caminho.

Quem mediria esse sentimento
Latente no meu coração?
Quem entenderia?
Sobretudo, quem se atreveria?

A quem pedir explicações, desconheço.
Nem me importa saber se mereço.
Só quero amá-lo por inteiro.
Retrocede o medo, pois é cedo.

Tire meus óculos se estou cega.
Desligue tudo, paralise o mundo
E diga-me como envolvê-lo,
Como detê-lo, como tê-lo!

Pois eu te guardarei como se protege
O diamante precioso do deserto.
Semearei quotidianamente no meu coração
Esse amor insuscetível de descrição.

Como um claro céu coberto pelo manto da noite,
É meu coração – um quadro branco sem moldura.
E contigo prometo desenhar o que é eterno
Assim como infinito é o elo que externalizo.


Desde a minha primeira publicação no blog eu tenho divulgado um trabalho maravilhoso da escritora, cronista, compositora e publicitária Fernanda Mello...O primeiro trabalho da Fernanda Mello que eu vi foi a crônica digital "Criança", inclusive foi o primeiro vídeo que publiquei no blog...Logo depois achei a página da Fernanda no face e conheci suas crônicas e poesias. Resultado? Me apaixonei por tudo que ela escreve (mas tenho minha preferência pelas crônicas)...Sábado finalmente chegou o meu livro da Fernanda Mello: Princesa de Rua...O livro é super fofo, tem umas fotos com frases lindas, várias crônicas e poesias... Super completo pra quem gosta de romantismo sem "mimimi", como diria a Fernanda...Super recomendo!Quem quiser comprar o livro é só mandar um email para fernandamello2006@gmail.com...


 
O tempo está feio lá fora e sinto que hoje eu poderia escrever para sempre. Não sei porque, mas acordei com uma ousadia absurda de dizer qualquer besteira. E a verdade é apenas uma: sou contra a censura e isso me faz bem. Não quero nada que soe bonito, não quero nada que precise de revisão, não quero nada que mostre apenas um foco de visão: quero escrever sem ter fim, quero dizer sem ter motivo, quero inventar por inventar e isso me basta. Palavras são minha companhia e não tenho preconceito: frases feias ou bonitas, de qualquer raça, cor, crença, fonte e tamanho, quero todas aqui. Porque o tempo lá fora está feio e, por aqui, apesar do frio, tudo está bonito. Palavras me colorem e me escrevem. Olho pela janela e entendo. Apesar de difícil, é simples o mundo. O céu parece mais claro e até o cinza me traz um tom diferente: é só um novo jeito de ver. Ou de me sentir. (Palavras Soltas - Fernanda Mello) 


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nosso Luar...


Nem tempestade, nem deserto...
Quero mergulhar no mar sob o Luar...
Quero deitar nas estrelas 
e dormir ao som das suas ondas a dedilhar...

Quero ser seu porto, sua morada...
Quero ser o Ying que te completa,
sua eterna namorada...

A pretensão de ver o eclipse
Voou com os grãos de areia...
Contento-me com o que é simples,
em ver a noite, ser sua sereia...

Olho através da luneta.
Eu vou mapear o céu e descobrir você...
Sei que do outro lado te avistarei,
entre os pontos cardeais, entre planetas...

A constelação forma reticências,
desenhando nosso amor...
Nesses pontilhados, eu vou completar você,
seja do jeito que for...

Não precisa ser perfeito.
Não precisa ser agora...
Basta ser nosso lugar...
Nosso Luar...
Nosso....


Essa animação é muito linda!




Tanto eu quero que querer-te é demais para ti...
Porque por te querer afasto o que mais quero...
E por querer-te, até o fim, ao meu eu dou um fim...
Renasço para rever-te, enfim...
E ter-te solto, voltando para mim...

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Vento...


Primeira crônica que fiz =)

Desculpe-me meu grande ídolo, Vinícius de Moraes, o qual já me inspirou tantas vezes, mas devo discordar de um dos mais belos poemas deste autor. 
O amor verdadeiro não é chama, que dura até um determinado momento e depois se apaga. Na realidade, o verdadeiro amor é como o vento que apaga essa chama. Um amor verdadeiro é imortal. 
E quem teve a benção de senti-lo, sabe que ele continua presente dentro de nós, como a brisa que nos afaga a todo instante. 
Assim como uma forte ventania acaba por apagar a chama, por maior que ela seja, o verdadeiro amor continua a existir mesmo quando finda a paixão. 
E, prosseguindo com a comparação, é certo que, assim como, muitas vezes, o vento faz aumentar a chama, também faz aumentar o amor por determinada pessoa, ou faz surgir novos amores. 
O certo é que nem sempre sentimos a presença do vento, mas é possível conviver longe do amor verdadeiro. 
Enquanto escrevo, sinto o vento tocar minha face, assim como sinto queimar em meu peito a chama de um novo amor...


Muita fofa essa versão da música Vento no Litoral!




Os ventos que as vezes tiram
algo que amamos, são os
mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi
dado.Pois tudo aquilo que é
realmente nosso, nunca se vai
para sempre...
(Bob Marley)


quarta-feira, 16 de maio de 2012

Amar...


Se cada pessoa é um verbo, posso dizer que meu núcleo é Amar, sem abstração. E estou em constante ação: comigo, contigo, conosco. E assim eu amo! 
Tu amavas. Ele esquece... Nós sofremos. Eu, tu, nós... Os outros não importam.
Amar, para mim, é o verbo com maior força e expressão. E eu amo com inocência, esperança, ingenuidade, intensidade. E amo com força para suportar todas as consequências trazidas por esse sentimento (o romantismo presente em todo casal recém formado; as palavras bobas; manha; charme)...
Eu adoro amar, me apaixonar, me entregar, e amo divulgar esse amor.
Mas não sou hipócrita. Conjugo por completo...
Quando eu Amo, valorizo cada lágrima, cada dor que escorre em meu rosto. Amo a preocupação, e, inclusive, o sentimento da perda...
Amo sempre no presente, e de outro modo não poderia ser, afinal, o Amor está escondido entre o embrulho mais bonito...
E não amo mais nem menos. Amo por igual. Afinal, amar tem dessas coisas.
Não gosto da solidão. Solidão sim é para os fracos, para aqueles que têm medo de se arriscar.
Nessa minha constância de Amar, acho a solidão triste. Prefiro o risco, a ter que ficar só, fria... 
A dor mostra que estou viva (para amar!)...
Hoje eu amo. E amo muito. Aprendi a amar uma pessoa que ficava esquecida diante de tantas outras. Ainda conjugo o verbo na primeira pessoa, mas quem sofre a ação sou eu. Eu ME amo! E nunca amei tanto alguém. 
De hoje em diante será assim: Eu me amo! Que tu me ames! (e, finalmente) Nós amaremos... 
Hoje sou Amor, exclamações e reticências...


Versão meme da música Faroeste Caboclo. Muito legal! xD



Frase do dia:

"O correr da vida embrulha tudo.A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa,sossega e depois desinquieta.O que ela quer da gente é coragem".
(João Guimarães Rosa)


terça-feira, 15 de maio de 2012

Amor, romance e outros periódicos...


O romantismo está nos livros... O amor está nos corações...
Não! O amor não está no coração. Isso é o que dizem os livros. O amor está, dentre tantos lugares, nos jornais (em breve explicarei)...
Amor não é criança, nem mulher, tampouco é jovem. O amor tem todas as idades - é equilíbrio!
O amor não é pedófilo. Infantilidade e maturidade não conseguem caminhar juntas. Elas podem se empurrar durante um certo tempo, mas em determinado momento alguém vai tropeçar...
Amor é ter a mão estendida, é caminhar lado a lado (lado a lado, e não grudados). É ser parceiro, ser amigo, conselheiro (mas deixe o papel de mãe para a MÃE)...
O amor não cega aos defeitos do parceiro (e nem deveria). Logo, ninguém precisa aceitá-los (salvo se você quiser viver um relacionamento de adolescentes). Mas o amor é flexível, é troca... É valorizar constantemente os acertos... É presentear com elogios...
Assim, o amor não deve ser absolutamente tolerante. Mas deve ser paciente, disciplinado, e deve evitar ao máximo a ansiedade. 
A utopia é para o amor assim como é a miragem para quem tem sede no deserto: é um sonho, mas não satisfaz, posto que não é real...
Para que exista amor é necessário haver conflito. É isso que faz o amor amadurecer...
No amor, diferente do que ocorre na vida, quanto mais velho, menor a taxa de mortalidade. Mas o amor, hora ou outra, aprecia ser criança...
O amor não está nos romances. O amor está nas páginas de jornais, no dia-a-dia, entre folhas amassadas e malcheirosas...
Mas, felizmente, existe um espaço reservado à poesia nos periódicos.

E falando em amor, esta crônica da Fernanda Mello relata muito bem meu entendimento sobre a questão: Amar é punk!


segunda-feira, 14 de maio de 2012

O que é a vida, senão reticências?

A vida é como o curso do mar: sem forma pré-definida, contínua, mutável... E como o mar, não possui água potável. Não há pureza, embora existam cores, cheiros, sabores...
Nossas escolhas são como o vento que direciona a velocidade do mar, sujeitando-nos a calmarias, redemoinhos, tsunamis...
Pois a vida é o mar seguindo seu curso em margens desconhecidas... E assim vivemos, em uma constante inconstância...
O mar é placenta para os seres concebidos por nossos sentimentos e esconde desde monstros a sereias. Estes seres estão em um eterno nascimento, e desde o princípio experimentam a luta pela sobrevivência. Todos são predadores e a classe dominante é instável...
A vida está envolta de sentimento, sabedoria e luta... Os três pontos fundamentais para a sobrevivência...
Vida é reticências...
E o que vem depois desses pontos é a eternidade do passado e a incerteza do momento seguinte...
Mas o remo está em nossas mãos... Nós escolhemos o caminho a seguir...


Vídeo do dia:
Crônicas digitais: Criança, por Fernanda Mello...
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